quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Feliz Hoje

Hoje foi um dia atípico para mim. Acordei tarde para caramba, as 10:15, odeio isso, eu amo muito a manhã. Gosto da noite, mas, gosto muito da manhã, por que sou mais ativa neste período, adoro o frescor da manhã, porque para mim ela é sinônimo de renovação.
É nas manhãs que pintam as inspirações para algumas coisas, como imagens, vídeos e outras tantas coisas que eu gosto de fazer.
Acordei determinada a ir cortar meu cabelo que já estava cheio de pontinhas duplas e com isso perdendo o brilho.
Como eu sou do tipo: cheguei! Cheguei no salão dizendo que eu estava trazendo sorte por que eu raramente piso num. Não sou chegada a ficar em salão de beleza me empetecando. A natureza me deu bons cabelos, pele e unhas boas, então geralmente eu mesma cuido disso. Não gosto muito também daquele ambiente de mulheres que lá estão, te olham de cima a baixo, ficam ligadas no teu papo para depois levar adiante. Então eu já chego mesmo arrasando, falando alto que é para quebrar o constrangimento que me atinge neste tipo de ambiente.Assim fui cortar minhas longas madeixas.
Ao lavar os cabelos deu um treco no chuveirinho que saiu fora e foi água pra tudo que é lado. A cabelereira que lavava meus cabelos disse que tudo andava se estragando ultimamente por lá e agora o chuveirinho...kkkkkkkkkkkk
Quando sai da lavação, tinha água por tudo que é lado e eu disse: vc tá vendo essa água toda? Vim para lavar teu salão, isto é um bom presságio querida, agora as coisas vão parar de estragar. O mal cessou, vim aqui para desmaterializar isso...hahahaa
A mulher cortou uns 20 cm de cabelos meus, precisava tirar o que estava velho, seco e quebrado. Voltei meio tristonha, mas tudo bem, isso cresce tudo novamente. De tempos em tempos é preciso renovar.
Mal havia chegado em casa e recebi a encomenda que requisitei a amiga Necka, os seus cds que eu queria tanto.
Para Tudo!!!!!! Hora de colocar os cds para rodar, fazer as paredes tremerem...
Assim, tudo voltou ao normal. Encontrei meu eixo. Já não parece mais que perdi a manhã, nem que cortei meus cabelos.
:)
cds Necka

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Cartas são para sempre.

Há dias não escrevo nada por aqui. Andei um tanto envolvida com assuntos familiares que me afastaram um pouco da inspiração.
Hoje ao abrir meu correio eletrônico deparei-me com uma carta linda, cheia de sentimento, de uma amiga, que compartilhava a carta que havia escrito a um amigo em comum.A carta fala de amor no seu sentido mais profundo e verdadeiro. Não do amor egoísta de querer alguém para si, mas, sim no amor que semeia, que dá flores e frutos. O amor que não se explica, o amor que é!
Assim me peguei a pensar nesta vida virtual que tantos criticam, mas que estreita laços e traz a nós pessoas que com certeza não sairão da nossa vida nunca mais.
Destes muitos anos de net, por onde passeio muito, tive oportunidade de conhecer muitas pessoas e delas muitas transformaram-se importantíssimas na minha vida. Poderia até dizer que todas, pois mesmo aquelas que só passaram, deixaram algo. Fizeram-me aprender muito, mesmo com algumas coisas ruins. Agora, estas que vêm e ficam são sementes não só por si próprias, mas sementes que dão outras sementes e assim consecutivamente.Delas germinarão flores e frutos, por que contém o principal componente que é o amor.
A idéia não é fazer comparação alguma e sim destacar aquilo que é belo, sensível e que nos adiciona sentimentos bons, faz nossa alma sentir-se completa. Por isso eu trouxe a música de Necka Ayala. Suas composições são maravilhosas na minha concepção de música. Envolventes e reflexivas, me levam a viajar nelas quando não, fazer uma reflexão sobre a minha própria vida. Penso então que quando pessoas assim aparecem em sua vida, somam e passamos a perceber o verdadeiro sentido de ser um só.
Tenha certeza, querida Necka, que você se fará presente em minha vida sempre, pois a sua música, que é você, já ganhou um espaço para sempre em meu coração.
Além da sua bela e rica música que eu guardo no meu coração, guardarei sua carta, do jeitinho que se guarda na caixinha de lembranças, junto com aquelas coisas pessoais que guardamos, que podem não ter valor algum aos outros, mas o valor sentimental enorme para nós mesmos.
Aos amigos que aqui lêem, recomendo uma visita, para que conheçam o trabalho de Necka Ayala.
http://www.musicexpress.com.br/Artista.asp?Artista=244

Deixo também um vídeo que fiz com uma de suas músicas que considero belíssima.

domingo, 17 de agosto de 2008

Uma loucura divertida

Eu gosto muito de relembrar alguns momentos da minha vida que a primeira vista parecem trágicos, mas, que no fim das contas acabam tornando-se divertidos e trazendo a sua parcela de aprendizado. Assim, vou contar um hoje, que cada vez que me recordo acabo dando boas risadas.
Em 2003 Roger Waters faria algumas apresentações no Brasil e entre elas uma em Porto Alegre. Na época eu tinha uma grande turma na internet por conta de um fórum que moderava e a idéia de ir ao show nasceu dali, através de um amigo que morava em Porto Alegre e convidou-me para acompanhá-lo no show.
Um outro amigo de lá, que eu conheci aqui na cidade, colocou sua mãe a minha disposição e eu acabei indo com a cara e a coragem, sozinha à Porto Alegre.
Ao chegar na Rodoviária, a mãe do amigo me aguardava e assim nos encaminhamos a casa dela. Eu matutona de interior, fiquei pasma com o tamanho da cidade, com o movimento, cheia de bolsas, tendo que pegar ônibus e já alertada para o cuidado de não ser assaltada. Ao chegar na casa da senhora, fiquei apavorada com a distância que eu teria que me deslocar para ir ao show e mesmo para voltar. Teria que pegar 2 ônibus e ainda caminhar ladeira acima um bom trecho no meio da madrugada e sozinha. Diante desta dificuldade, acabei ligando a um casal amigos da família que moravam quase no centro de Porto Alegre e para lá me dirigi, sabendo que as coisas ficariam mais fáceis.
O amigo me levou ao estádio do Grêmio e eu lá fiquei, sozinha, apavorada com a multidão de gente e já sabendo que dificilmente eu encontraria meu amigo no show. Sem celular naquela época, fui algumas vezes antes do show ao telefone público e nada do meu amigo atender. O seu celular estava definitivamente desligado. Ali já saquei a tremenda enrolada em que havia me metido. Pensei, agora nada mais posso fazer, se estou aqui vou curtir e assim, entrei num dos portões do estádio. Sorte que havia comprado para assistir das cadeiras, pois estar no gramado sozinha numa situação daquela seria complicado.
Ainda por um tempo nutri a esperança de que o amigo apareceria, afinal, ele também havia comprado para cadeiras e me passando o número da cadeira, fiquei ligada para ver se o fulano apareceria,mas, nem sinal do fulano...
Show quase começando, eu pentelhei todos que estavam por perto para me emprestarem o celular, dizendo ter me perdido de uns amigos e que precisava localizá-los, mas, nada adiantava, o tal celular continuava desligado. Depois de insistir um tempo e todos em volta já saberem da minha situação, acomodei-me, uma vez que todos foram prestativos, fizeram com que eu relaxasse e me preparasse para curtir o show. Afinal não estava mais sozinha e até uma senhora, dona de um dos bares da área, já estava me amparando também.
Pensei: Mara, agora já era mesmo, você está aqui, então relaxa e goza. Ao meu lado um turma de rapazes já fazia a maior bagunça comigo, já pediam meu isqueiro para acender “um”, ofereceram-me também, mas eu recusei. Desta eu já estava fora fazia tempo. Não preciso nem dizer que a marofa dos caras vinha na minha cara e no começo fiquei um pouco preocupada, depois relaxei.
Um solado de guitarra e a diminuição das luzes já anunciavam o show prestes a começar. Um vídeo de Clapton no telão agita a galera e o rapaz do meu lado diz: cara, esse cara toca muito, vai ser tudo de bom este show. Eu então, não podendo deixar passar, falei: este é Eric Clapton, o show que vamos ver é de Roger Wathers do Pink Floyd. E o tal vira e diz: ahhhhh é? Mas, de todo jeito vai ser bom!!! Começou a pular feito um macaco em cima de sua cadeira e gritava: VAI SER BAUUUUUUUMMMMMMM!
Confesso que neste momento me senti perdida no meio de loucos, mas eu estava ali para o que der e viesse.... A estas alturas o rapaz que vendia cerveja nem pegava mais o meu dinheiro e dizia:Tia, toma aí que depois eu te cobro. Assim eu já estava me sentindo em casa.
Apagam as luzes e o show começa com The Dark Side Of The Moon. Estaria eu no lado negro da lua? A noite em Porto Alegre era quente, havia feito 40 graus naquele dia, mas como um presente, uma brisa deliciosa veio nos envolver e eu me senti gigante do alto daquele estádio. De hora para a outra o som de um helicóptero envolveu o estádio, era Another Brick in The Wall chegando e a galera delirou. Um coro de milhares de pessoas, cantavam juntos e eu me arrepio até agora aqui escrevendo da sensação que eu tive naquele momento. A galera endoidou. Resolvi neste momento tentar encontrar meu amigo, dei umas voltas, mas, não achei. Eu olhava para os lados e via trocentos personagens de Easy Rider, vestidos a caráter, todos já com mais de 40 anos, com os olhos vidrados e enebriados pelo som e o momento. Então, eu não agüentei, como Paulo Coelho sentou as margens do Rio Pietra e chorou, eu sentei no corredor do estádio e chorei. Chorei compiosamente... chorei pelo desencontro, chorei pelo momento, chorei da tensão do dia, chorei por estar ali, chorei de emoção. Um filme passou na minha mente. Toda a minha vida, tudo que fazia parte dela, as pessoas, a família, os filhos, os amigos, as conquistas, as derrotas... tudo. Foi uma sessão descarrego. Então eu ouvi Time, Money, Wish You Were Here e muitas outras.
Me dei conta de que eu estava realizando um sonho que eu sempre tive, de ver o Pink Floyd antes de morrer. Não era exatamente o Pink Floyd, mas sim o verdadeiro mentor da Banda, Roger Waters, sem Gilmore , mas para mim já bastava.
Saí do estádio sem saber para que lado iria, plantei-me na saída do portão para ver se via meu amigo, mas, nem sinal dele. Acabei conversando com algumas pessoas que auxiliaram e me deram carona para voltar para onde em queria que era uma choperia onde o amigo disse que estaria caso nos desencontrássemos depois do show. Nem preciso mais dizer que ele lá não estava também. Às 3 da manhã eu peguei um táxi no centro de Porto Alegre e voltei para a casa dos amigos, onde eu estava. Dormi realizada pelo show, mas puteada pelos desencontros. É claro que nem no outro dia o telefone do amigo atendia. Acabei envolvendo-me com os amigos onde eu estava e resolvi ficar mais dois dias, conhecendo lugares maravilhosos da cidade e divertindo-me muito.Que se danasse o amigo que me deu a "bicicleta". Isso não se faz com ninguém! Só quando voltei para casa me dei conta da loucura que fiz. De ir para uma cidade grande, sem saber nada, ir a um show daquele tamanho, andar pelas ruas de Porto Alegre no meio da madrugada e voltar ilesa para casa. Mas, mesmo assim eu estava realizada por que a ocasião provou-me, que quando se quer uma coisa, se pode, basta fazer.
Ainda hoje quando vejo alguns clipes ou ouço a música do Floyd, me emociono. Revivo o momento, que por um tempo foi um misto de alegria com tristeza, mas, hoje ele é puro aprendizado que eu tive e quando lembro de algumas passagens, dou boas gargalhadas. Umas pela minha loucura e outras pela minha ingenuidade.

Deixo então aqui, uma das músicas deles que eu amo. Difícil também é ter algo deles que eu não goste.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Eu peido, tu peidas... todos peidamos.

Hoje resolvi falar sobre um assunto delicado, mas, muito comum de nós todos: o peido.
Até meu editor de texto recusa-se a aceitar o peido como uma palavra reconhecida.
É provável que a grande maioria ache o assunto um tanto grotesco e fedorento, mas, nem tudo na nossa vida são flores. No entanto, a partir do momento que aceitamos essas coisas como parte do nosso fisiológico normal, elas deixam de ser tão ruins. Existem belas flores que exalam mau cheiro.
Lembrei de um acontecimento, quando morava num apartamento e a janela do meu banheiro dava para um fosso que ligava a janela do banheiro do vizinho e eu ouvi o “enlace” amoroso dos dois numa manhã. A vizinha estava no banheiro tomando banho e o marido entrou para fazer suas necessidades. Deve ter soltado uns traques meio bravos que eu ouvi o que rolava por lá.
- uiiiiiiiiiiii, seu peidão!
- ahh ta... não peidash decerto, tens o cú fechado...
Eu me espoquei de rir do outro lado, uma cena bem típica, que com certeza nós todos já vivenciamos.
Pior peido é aquele que você segura, ele volta todo o caminho dele no intestino e acaba fazendo um barulho maior que o próprio peido.
Alguns países tem uma idéia diferente do peido, não tão escabrosa como no nosso.
Por ocasião de um evento, tive que acompanhar a banda Information Society, aqui na cidade e um belo dia, depois de todas as cachaçadas e baladas da noite, dei um grande arroto. A aquelas alturas do campeonato, estavam todos cozidos e eu achei que não teria nada de mais. O produtor da banda quis me matar e disse: Mara, vc está louca? Para eles, arrotar é como peidar. Eu dei gargalhada, não tinha mais nada a fazer, afinal já havia feito mesmo, era como ter peidado? Ahh já foi, agora já era. Ficaram todos me olhando de soslaio com cara de nojo...kkkkkkkk
Para os hare krishnas, peidar é uma coisa muito natural e eles peidam um na cara do outro sem stress, afinal, os gases ruins devem ser expelidos do organismo. Trancar isso seria intoxicar-se. Também, a cebola é um dos principais alimentos deles, imagine você se entupir de cebolas e não poder peidar.
Meu amigo César chama o peido de: prenúncio do vagalhão, para não dizer outra coisa...
O peido mais gostoso que tem é aquele que você dá no meio da rua, você olha para trás para ver se não tem ninguém e cada passo vira um peido. Depois você até suspira, sente-se mais leve.
Já peido que dá raiva, nem é o seu, mas sim o do outro que faz força pra te sacanear e ele vem com maldade mesmo, sai com uma força que parece que vai arrebentar os fundilhos da calça do outro, você sente que é forçado e se irrita nem é com o peido em si, mas, com a intenção do outro.
O engraçado do peido é o barulho, pois o cheiro é terrível, só é cheiroso para quem faz e a graça está em ver a cara do outro querendo vomitar. Existe um sentimento sádico ai, não acham?
Bem, mas convenhamos, a boa educação manda fazer este tipo de necessidade fisiológica bem escondidinho e é melhor que seja assim, afinal, ficar cheirando os gases maléficos dos outros não é nada agradável. Como meu amigo Beto, que tem o hábito de fazer isso na night. Peida, deixa o cheiro e se manda. Fica você com cara de peidão para todos, não sendo o autor do mesmo. Quem nunca sofreu isso num elevador? O cara peida, sai fora e te deixa lá com o peido. Dentro de uma boate então? Todos se olham, todos cheiram, mas ninguém sabe quem foi. O mais irritado grita: PUTA MERDA! CAGARAM!!. A mais fresca diz: ai que nojo. Sem dúvidas o autor pensa: fodam-se todos! Ri feito uma hiena, que adora a podridão.
Esse papo ta pra lá de podre, eu finalizo deixando um vídeo hilariante. Cuidado, o peido pode matar.

sábado, 9 de agosto de 2008

De cara e alma lavada

Outro dia estava conversando com uma amiga a respeito de maquiagem e lembrei alguns episódios divertidos por conta disso.
Certo dia, na noite, numa casa noturna, conhecemos dois moços interessantes. Papo vai papo vem, trocamos telefones e a promessa de nos encontrarmos novamente, para jantar, divertir-nos mais, algo do tipo.
Passada uma semana, ligamos aos moços e combinamos num bar tranqüilo da cidade um encontro para umas cervejotas.
Esperávamos lá, eu e a amiga quando avistamos os dois chegando. Olhavam, olhavam... e não nos viam. Levantei então e acenei para sinalizar que estávamos ali. Ao chegarem na mesa o primeiro comentário foi: nossa, como vocês estão diferentes... Disseram que jamais iriam nos reconhecer caso não chamássemos, pois estávamos totalmente diferentes daquele dia, na casa noturna, no escuro. Ta certo que estávamos mais produzidas naquele dia, mas to achando que o teor alcoólico dos meninos é que foi grande naquele dia. Afinal, não fizemos maquiagem para nos disfarçar.
Do mesmo jeito eles ficaram e acabamos virando grandes amigos, fizemos muitas festas, rodas de violão, churrascos e passamos a freqüentar as casas um do outro, viraram amigos para a vida toda.
Falando em disfarce, outra situação que lembrei, foi de um dia que resolvemos sair, eu e esta amiga, de uma hora para a outra. Nada de se produzir muito. Eu apenas fiz um rabo de cavalo bem no alto da cabeça, fiquei com cara de garota bambolê , passei um batonzinho básico e a amiga colocou um boné. Nada de saltos e bijus, o lance do dia era camiseta e jeans. Pensamos, ahh... que se dane o mundo hoje. Vamos desopilar o fígado num boteco e dar umas voltas, assim como estamos mesmo.
Chegando na choperia de um amigo, observamos que a banda que tocava, era de nossos amigos. Ao entrarmos eles nos olharam estranhamente, mas, nada disseram, mal olhamos para eles também e pegamos uma mesa num cantinho onde não ficávamos tão salientes. Afinal, estávamos mais parecendo duas coitadas fora do seu lugar. Não demorou para, ao microfone, nosso amigo Rodrigo, anunciar que estávamos ali “disfarçadas”. Parou tudo para mostrar para todos que a Mara e a Cláudia ali estavam totalmente diferentes daquilo que sempre foram. Com isso demos boas risadas, a mesa encheu-se de gente e acabamos tendo uma das melhores noites, tomando chop até as 5 da manhã com os amigos.
Os dois episódios deixaram claro para mim, que o importante é ser você mesmo, sem muito reboque na cara. Claro que toda mulher que se presa não sai de casa sem ao menos um batom nos lábios e as unhas em ordem.
Eu me sinto pelada sem brincos, rímel e batom, mas as vezes que mais me diverti acabaram sendo as que menos me produzi.

Abaixo uma edição da minha cara lavada e fotoshopada.
Ok, ok... nem tanto o céu, nem tanto a terra, mas, só para termos uma idéia das diferenças. A cara lavada necessita uma leve camadinha de base para disfarçar as minhas eternas olheiras e algumas rugas que estão surgindo. A cara fotoshopada ficou hiper artificial. A verdade é que as duas são uma só alma. Aquilo que realmente vale, aquilo que sente, aquilo que eu sou sempre. Eu Mara, de cara lavada ou pintada.



quinta-feira, 7 de agosto de 2008

As pintas nossas de cada um




Um amigo virtual inspirou-me a escrever sobre minhas pintas. Se na postagem anterior eu falei dos amigos virtuais, das mazelas da vida virtual e seus contras, hoje vou abordar o lado positivo. O que seria de mim se não fosse a vida virtual para me inspirar?
Seria eu a mesma pessoa sem minhas pintas? Ando ensaiando para tirá-las cirurgicamente, no entanto me preocupa o fato de que no lugar da pinta terá uma cicatriz. Não seria um risco? A pinta está ali sossegadinha, esteticamente ela pode não ser tão linda, mas e a cicatriz, será que ficará melhor que a pinta?
Tenho uma amiga que trocou as pintas da cara por uma porção de sinais brancos, que é o resultado da retirada delas. Achei que ficou pior do que as pintas.
Tenho uma pequena pinta no seio esquerdo, fico imaginando como eu me sentirei se tirá-la. Ao passar a mão em meus seios todos os dias, minhas mãos já reconhecem isso normalmente como parte de mim. E a pintinha pretinha bem lindinha que tenho acima do umbigo? Ela é referência para que eu reconheça-me a mim mesma no espelho. Dela para baixo meu ventre, meu sexo e minhas pernas. Dela para cima minhas costelas, meu peito, pescoço, cabeça e braços. Ela também serve de referência para a minha terapeuta colocar uma agulha de acupuntura. Disse ela várias vezes: quem pinta bonitinha esta sua, Mara.
Agora, dose mesmo são as pintas da velhice. Todos os dias olho minhas mãos e vejo que elas estão ficando cada vez mais pintadas. Agora além do creme e filtro no rosto não esqueço também as costas das minhas mãos. Surgiu também uma pequena pinta na pálpebra superior do meu olho esquerdo. Esta é um sinal de que a idade já vem pesando, é mesmo uma pinta de velha, tenho que admitir, não posso fugir disso.
O que muda na minha vida com ou sem minhas pintas?
Fotograficamente não há problemas, afinal hoje em dia com qualquer programa de edição é possível tirar estas pintas. Aí entra novamente o mundo virtual, nele posso ser sem pintas, certo? Posso ser a Mara sem necessariamente ser a Mara ou mesmo não ser eu realmente, mas sendo eu mesmo assim... hahahaha
Recentemente, editando uma fotografia de um amigo, pensei em tirar suas pintas e fiquei tempo todo que trabalhei a imagem, pensando:tiro a pinta ou deixo a pinta, tiro a pinta, não, deixo a pinta, vou tirar... hummm, não ficou bom. Deixei as pintas, vai que o sujeito não gosta. Sim, por que tudo isso é tudo muito relativo e varia de pessoa para pessoa. Outro dia editando a foto de uma amiga, ela não gostou de ter tirado os seus pés de galinha. Não sei realmente se não gostou ou sentiu-se ofendida ao descobrir que tinha pés de galinha vendo uma nova imagem, sem, os pés de galinha.
Tudo isso parece tão estúpido, não? Filosofando sobre as pintas, penso o que pode representar para cada um a sua pinta.
Já pensei também se a pinta não é uma marca que cada um de nós temos, como se fosse um identificador. Já imaginou depois de tirar minhas pintas, ter que checar isso tudo? A discussão na porta com São Pedro para identificar-me? Bem, a verdade é que nossas pintas devem ficar gravadas no nosso perispírito, sendo assim não há problemas em tirá-las. Se alguns autores de livros espiritualistas falam no vale dos tatuados, é possível que também tenhamos o vale dos pintados, não é mesmo?
Bem , chega, enjoei de falar de pintas, poderia ficar horas confabulando e fazendo analogias.
Fiquem bem , cada um com suas pintas, as minhas por enquanto continuarão aqui.

Dedico este texto ao amigo Juarez Santos, grande inspirador virtual.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Vale para todos nós.

No ano de 2000 ingressei na internet e já sabia que poderia ter a minha privacidade invadida. Que ter segredos com alguém via internet poderia ser arriscado, afinal é nos bastidores de fóruns e comunidades que as coisas acontecem realmente. Sabia que haviam pessoas que pareciam ser o que realmente não eram, mas, não sabia que haviam pessoas que poderiam trocar toda a sua vida real pela virtual. Nada, nada mesmo na sua vida real pode ser substituída pela vida real. É certo que o virtual é um grande companheiro nosso e que podemos realmente fazer amigos através dele. Vi casamentos acontecerem, vi pessoas de países longínquos se aproximarem e fiz grandes amizades que saíram do virtual e hoje fazem parte do meu cotidiano.
O mundo é cheio de pessoas boas, de bem com a vida, mas, também é cheio de pessoas de má índole, de criminosos e doentes. As más pessoas, as criminosas, nem merecem que eu gaste meu tempo comentando, pois, sabemos todos, as conseqüências dos crimes que por ai acontecem. Quero falar sobre as pessoas que trocam a sua vida real pela vida virtual. São pessoas que vão se fechando socialmente, já não conseguem mais ter uma vida social normal e vivem enclausuradas dentro de suas casas, seus quartos, alimentando uma outra vida, essa vida virtual e completamente insegura. Na verdade, outra vida não, ela transforma a sua verdadeira vida numa vida de fantasias e esta então passa a ser realmente a sua vida.
Quando a coisa ultrapassa a normalidade, que deveria ser somente a diversão e vira um mundo de aborrecimentos, por conta de fofocas, por conta de sentimentos de perseguição, já virou uma doença.
No orkut então, tenho visto coisas que até o diabo duvida. Recados automáticos e spams são fichinhas na vida orkutiana. O pior é a invasão de privacidade por parte de bisbilhoteiros que escarafucham a sua vida e ainda sentem-se no direito de cobrar as coisas de você. Cobram sua presença 24 horas por dia como se você não tivesse nada mais para fazer. Tiram a sua liberdade de escolher com quem quer realmente falar naquele dia. Carregam comentários particulares seus à outros. Quando alguém finalmente os peita e cobra uma postura diferente, sentem-se injustiçados, as piores pessoas do mundo e passam a sofrer de mania de perseguição.
Não tenho nada com a vida de ninguém... Gente! Vamos nos disciplinar um pouco? Primeiro as coisas de casa, primeiro a família, nosso trabalho, nossos filhos e nossos amigos reais. Vamos cuidar das nossas coisas, da nossa casa, do nosso trabalho, com amor. Vamos cultivar flores, caminhar e sentir o ar puro, convidar nossos amigos para jantar, sair para dançar. Ler um livro, ver TV, ir ao teatro, à um show, cantar, ouvir música, namorar, amar... Tudo isso é benéfico ao nosso cérebro, a nossa saúde.
A internet é tudo de bom, mas ela não pode tomar o lugar de todas essas coisas que eu citei, pois se isso acontecer, você está correndo um sério risco de passar por essa vida e não fazer nada, também não ser nada. Quando seus amigos virtuais desaparecem, o que eles vão fazer? Tudo isso que você não faz, fazem tudo o que uma pessoa saudável faz, vai cuidar da sua vida. Você sobra na frente do pc, sem ninguém.

domingo, 3 de agosto de 2008

Pequena Crônica IV

Cada cabeça uma sentença

Conversar sozinho não é fácil
quando se sabe que existe um interlocutor
que não se houve, não se vê e não se conhece.
Mas há sempre um eco.
Num corredor de supermercado, num telefonema,
num encontro num bar, na rua ... por aí.
Expresso aqui as minhas opiniões,
relato fatos do cotidiano que meus olhos vêem,
minha cabeça pensa e meu coração sente.
Se as vezes uso de metáforas ou de ironia
é por que fazem parte da minha personalidade,
não copio ninguém nem acato sugestões de temas.
Eles vem da minha inspiração
que quer ser aceita, porém não obriga.
Se pensássemos igual que graça teria?

Pequena Crônica III

Bla,bla,bla,bla...

Outro dia uma amiga me falou :
”Não se compare com ninguém, você e super tudo.
O porte físico você tem o melhor e falar o que pensa,
também falam ser o meu problema.
Então temos que ficar felizes
porque o nosso problema é pequeno demais.”
Concordo plenamente,quem guarda tudo o que pensa
acaba sofrendo de algum mal.
É óbvio que existe uma grande diferença
entre falar o que pensa e pensar no que fala.
Eu diria mais: muito já falei sem pensar
e muito que não quis já ouvi.
Hoje em dia eu penso
em quantas vezes eu me calei
quando podia falar e deixei de ouvir
aquilo que eu queria.
Mas uma coisa que eu também aprendi
é a ouvir e aprender ouvindo,
inclusive quando alguém fala
aquilo que não gostamos.